|
Imagine um bebê ainda dentro da barriga da mãe, com apenas sete ou oito meses de gestação. Imagine agora o tórax da futura mamãe como uma caixa acústica. É um espaço onde há som e ritmo o tempo todo. Embora não ouça, o bebê sente todo um mundo sonoro: o ritmo do batimento cardíaco da mãe, os sons de suas articulações quando ela caminha e até mesmo dos movimentos de seus órgãos internos. Ou seja, esta "música" nos acompanha desde antes do nascimento até a morte.
Nada ajuda mais o desenvolvimento infantil que um ambiente cercado de afeto e harmonia. E uma maneira de propiciar esse ambiente é através de atividades de voz durante a gravidez, já que o som é a primeira comunicação do feto com a vida extra-uterina. Cantar melodias, contar histórias e conversar com o bebê em formação são atitudes simples que fortalecem os laços afetivos da família e a saúde da criança. |
Entre os sons que o feto escuta, a voz humana se destaca. Por isso, após o nascimento, o bebê reconhece as vozes dos pais e sente um certo conforto quando cantam as melodias da gestação. Não é preciso nem lembrar a letra das músicas cantadas. O som que chega até o bebê nessa idade é como se cantássemos de boca fechada. Esse banho melódico é o primeiro contato com a música.
|