Glossários

Glossário parte III

Alquimia
Anime ou animê
Devir
Fábula
I CHING
Minotauro
Mito
Mitologia
Neolítico
Religião e Mitologia
Saoshyant
Xamanismo

 

 

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Alquimia

 

A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. Existem três objetivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em ouro, o outro a obtenção do Elixir da Imortalidade (ou Elixir da Longa Vida), uma panacéia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. Ambos estes objetivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância mística que amplifica os poderes de um alquimista. Finalmente, o terceiro objetivo era criar vida humana artificial, os homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter caráter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química.

Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da Imortalidade e a pedra filosofal são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o Elixir da Imortalidade como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga.

 

 

Anime ou animê

 

Na Língua portuguesa existem duas variantes para esta palavra: anime ou animê.
A palavra anime deve ser lida como oxítona. Essa confusão deve-se ao facto da língua japonesa não possuir diferenciação entre paroxítonas e oxítonas, causando uma dificuldade na tradução para o português.

Crê-se que, etimologicamente, é a transcrição japonesa da palavra inglesa animation (derivada por apócope — a parte final da palavra é eliminada, como acontece com muitas palavras japonesas de origem estrangeira). Alguns autores defendem uma origem francesa — de animé (animado). A maioria dos japoneses não aceita esta teoria.
A pronúncia mais usada, e que os próprios japoneses usam, é A-ni-mei. Uma contracção da apropriação pela língua japonesa da palavra inglesa Animation.

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Devir

 

Devir é um conceito filosófico que qualifica a mudança constante, a perenidade de algo ou alguém. Surgiu primeiro em Heráclito e em seus seguidores; o devir é exemplificado pelas águas de um rio, “que continua o mesmo, a despeito de suas águas continuamente mudarem.”

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Fábula

 

A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais e cujo desenlace reflete uma lição moral. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.

Já entre assírios e babilônios a fábula era cultivada. Foi o grego Esopo, contudo, quem consagrou o gênero. La Fontaine foi outro grande fabulista, imprimindo à fábula grande refinamento. George Orwell, com sua Revolução dos Bichos (Animal Farm), compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).

 

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I CHING

 

O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas, sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confúcio à sua edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas I: o ideograma I é traduzido de muitas formas, e no século XX ficou conhecido no ocidente como "mudança" ou "mutação".

O "I Ching" pode ser compreendido e estudado tanto como um oráculo quanto como um livro de sabedoria. Na própria China, é alvo do estudo diferenciado realizado por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta.

 

 

Minotauro


Na Mitologia grega, o Minotauro era uma criatura meio homem e meio touro. Ele morava no Labirinto, que foi elaborado e construído por Dédalo, a pedido do rei Minos, de Creta, para manter o Minotauro.O Minotauro foi eventualmente morto por Teseu.

Minotauro é o grego para Touro de Minos. O touro também era conhecido como Asterião (ou Astérios), nome compartilhado com o pai adotivo de Minos.

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Mito

 

Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais). Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade.
A explicação mítica é contrária à explicação filosófica. A Filosofia procura, através de discussões, reflexões e argumentos, saber e explicar a realidade com razão e lógica enquanto que o mito não explica racionalmente a realidade, procura interpretá-la a partir de lendas e de histórias sagradas, não tendo quaisquer argumentos para suportar a sua interpretação.
Ao mito está associado o rito. O rito é o modo de se pôr em ação o mito na vida do Homem (ex: cerimônias, danças, orações, sacrifícios...).

O termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento objetivo ou científico, e vistas apenas como histórias de um universo puramente maravilhoso) de diversas comunidades. No entanto, até acontecimentos históricos se podem transformar em mitos, se adquirem uma determinada carga simbólica para uma dada cultura. Na maioria das vezes, o termo refere-se especificamente aos relatos das civilizações antigas que, organizados, constituem uma mitologia - por exemplo, a mitologia grega e a mitologia romana.

Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais são expressões particulares de arquétipos comuns a toda a humanidade. Por exemplo, os mitos sobre a criação do mundo repetem alguns temas, como o ovo cósmico, ou o deus assassinado e esquartejado cujas partes vão formar tudo que existe. Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas, lenda ou saga.

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Mitologia


Mitologia
é o estudo dos mitos: lendas e/ou histórias de uma cultura em particular creditadas como verdadeiras e que constituem um sistema religioso ou de crenças específicos.
A Religião pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino e sagrado, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças.

Os mitos são, geralmente, histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o universo, a criação do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis. Mas nem todos os mitos têm esse propósito explicativo. Em comum, a maioria dos mitos envolvem uma força sobrenatural ou uma divindade, mas alguns são apenas lendas passadas oralmente de geração em geração.
Figuras mitológicas são proeminentes na maioria das religiões e a maior parte das mitologias estão atadas a pelo menos uma religião. Alguns usam a palavra mito e mitologia para desacreditar as histórias de uma ou mais religiões.

O termo é freqüentemente associado às descrições de religiões fundadas por sociedade antigas como Mitologia romana, Mitologia grega, Mitologia Egípcia e Mitologia nórdica, que foram quase extintas. No entanto, é importante ter em mente que enquanto alguns vêem os panteões nórdicos e célticos como meras fábulas outros os têm como religião.

Pessoas de muitas religiões tomam como ofensa a caracterização de sua fé como um conjunto de mitos, pois isso é afirmar que a religião em si é uma mentira. Mesmo assim, muitas pessoas concordam que cada religião tem um grupo de mitos os quais desenvolveram-se somados às escrituras.

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Neolítico

 

O Neolítico, também chamado de Idade da Pedra Polida (por causa de alguns instrumentos, feitos de pedra lascada e pedra polida), é o período da Pré-História compreendido aproximadamente entre 12000 a.C. e 4000 a.C.. Durante este período surge a agricultura, e a fixação inerente ao cultivo da terra provoca o sedentarismo (moradia fixa em aldeias) e o desenvolvimento da vida em sociedade, assim como o avanço cultural e o aumento da população.

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Religião e Mitologia

 

Alguns usam os termos mito e mitologia para ilustrar estórias de uma ou mais religiões como algo falso ou duvidoso. Enquanto quase todos os dicionários incluem essa definição, mito nem sempre significa que uma estória é falsa, tampouco verdadeira. O termo é constantemente utilizado nesse sentido de descrever religiões criadas pelas sociedades antigas, cujos ritos estão quase extintos. Muitas pessoas não consideram as estórias sobre a origem e acontecidos, liberais, assim como a maioria dos neopagões, não têm quaisquer preconceitos em aceitar seus textos religiosos como contendores de mitos. Eles vêem seus textos sagrados como possuindo verdades religiosas, inspiradas divinamente, mas não repassadas em linguagens humanas. Outros separam suas crenças de estórias similares de outras culturas e se referem a estas como história. Essas pessoas se opõem ao uso da palavra “mito” para descrever suas crenças.

Para o propósito desse artigo a palavra mitologia é usada para se referir a estórias, que, enquanto elas podem ou não serem factuais, revelam verdades fundamentais e pensamentos sobre a natureza humana, através do freqüente uso de arquétipos. Também é necessário frisar que as estórias discutidas expressam pontos de vista e crenças de um país, um período no tempo, cultura e/ou religião a qual lhes deu à luz. Uma pessoa pode falar de mitologia Judaica, mitologia Cristã ou mesmo mitologia Islâmica, onde cada uma descreve os elementos míticos nessas religiões sem se referir à veracidade sobre a sua história.

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Saoshyant


Saoshyant é o salvador do mundo no Zoroastrismo, que aparecerá no último dia (Frasho-kereti). Saoshyant é uma palavra em avestano que significa "aquele que trará benefício".
Algumas passagens do Gathas, os hinos atribuídos Zaratustra (o fundador do Zoroastrismo), que constituem a parte mais antiga do Avesta, sugerem que este acreditava no fim do mundo e que considerava ter recebido de Ahura Mazda (o deus supremo) a missão de convocar a humanidade para a batalha final contra o mal. Contudo, Zarastustra terá tido consciência de que não veria esse fim durante a sua vida, pelo que ensinou que no futuro um homem viria para salvar o mundo.

Durante o período aqueménida esta ideia ampliou-se no sentido da crença em três Saoshyants. Cada um deles nascerá de uma semente do profeta Zaratustra deposta no lago Kasaoya. Uma virgem chamada Eredat-fedhri tomará banho neste lago, ficará grávida e dará à luz o salvador. Cada um dos Saoshyants surge num período em que as pessoas começaram a esquecer a mensagem de Zaratustra (a "Boa Religião"). O primeiro, chamado Ukhshyat-ereta, surgirá mil anos após Zarastustra, sendo responsável pela renovação da mensagem do profeta; mil anos depois aparecerá o seu irmão, Ukhshyat-nemah, e por último o mais importante de todos, Astvat-erat, que dará início ao fim do mundo.

Apesar da sua concepção miraculosa, o salvador é completamente humano, o que se enquadra nas concepções religiosas do Zoroastrismo, segundo as quais o homem desempenha um importante papel no combate ao mal.

É possível que o conceito de Saoshyant tenha influenciado a ideia do Messias no Judaísmo. Alega-se que esta influência possa ter sido recebida durante o período do cativeiro dos judeus na Babilónia, mas a questão permanece em aberto.

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Xamanismo

 

O XAMANISMO é uma filosofia de vida muito antiga, que visa o reencontro do homem com os ensinamentos e fluxo da natureza e com seu próprio mundo interior.

Sua origem não tem raízes históricas ou geográficas, na realidade é um conjunto de ensinamentos milenares que, através da tradição de tribos indígenas do mundo todo, foram sendo passadas até os dias de hoje.

Esses ensinamentos são baseados na observação da natureza e seus sinais: sol, lua, Terra, Água, Fogo, Ar, Animais, Plantas, Vento, Ciclos, etc.
 
Pode–se considerar o xamanismo como a verdadeira arte de viver.
O xamanismo é um tipo de religião de povos asiáticos e árticos. Embora a palavra xamã tenha origem na tribo siberiana dos Tugus, não existe origem histórica ou geográfica para o xamanismo, prática religiosa, de cura e filosófica encontrada no mundo todo.

O xamanismo trabalha com profundo respeito às forças da natureza, com rituais vividos por qualquer tipo de pessoa, envolvendo cristais, fogo, água, metal, madeira. É um conceito de vida que busca no autoconhecimento a chave para o equilíbrio do ser.

O sacerdote do xamanismo é o xamã, que entra em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes aparentemente sobrenaturais, e invocando espíritos da natureza. A comunicação com estes aspectos sutis da natureza se processa através de estados alterados de consciência. Estados esses alcançados através de batidas de tambor, danças e até ervas enteógenas.

O xamã pode ser homem ou mulher, e sempre há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um chamado, uma vocação. Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o descontrole.

O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica.

 

 

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